domingo, 5 de maio de 2013

Figuraça – Daxter

Os jogos da série Jak and Daxter cativam pela quantidade de personagens curiosos e excêntricos que desfilam por suas cidades futuristas, grandes desertos, florestas e ruínas sagradas. Não há dúvidas sobre o habitante mais divertido e carismático deste universo mágico: Daxter, o companheiro falastrão do protagonista Jak. O ego do ottsel – mistura de lontra e mustela – é inversamente proporcional ao tamanho de seu corpo. Convencido e presunçoso, Daxter detesta comentários sobre suas medidas reduzidas, mas adora ser o centro das atenções e, não raramente, assume a autoria dos feitos heroicos de Jak.

Apesar de tanta convicção, Daxter também é responsável pelos momentos mais divertidos dos jogos lançados para os consoles da Sony. Cheio de bom humor, o estranho mamífero serve como contraponto à seriedade que predomina em Jak. Além disso, o ottsel não se acovarda e assume os riscos quando precisa ajudar o companheiro. Após comparecer em quatro jogos para PlayStation 2 como coadjuvante, entre 2001 e 2005, o personagem ganhou um título próprio para PSP em 2006, em que encara os desafios com sua habitual confiança.

A aparência “fofinha” de Daxter é outra característica peculiar do personagem. O visual típico de uma mascote infantil mascara seu comportamento irreverente e politicamente incorreto, mas Daxter não consegue disfarçar as reais intenções quando se depara com um interesse amoroso. Ele conheceu Tess em Jak II, mas só foi se dar bem no final do jogo seguinte, quando a garota foi transformada em um ottsel e o relacionamento entre os dois pôde atingir um novo patamar. Em PlayStation All-Stars Battle Royale, Daxter se reencontrou com Jak para lutar contra outros ícones do universo sonysta.


sexta-feira, 3 de maio de 2013

Bizarro! – Conker's Bad Fur Day

Conker's Bad Fur Day ocupa um lugar singular na história dos jogos eletrônicos. Último grande lançamento do N64, o game desenvolvido pela Rare ficou por quatro anos em gestação e foi pensado, inicialmente, como mais um título de apelo familiar. A produtora britânica, no entanto, resolveu adicionar palavrões, conteúdo erótico e piadas politicamente incorretas para tentar fugir do “bom-mocismo” que havia dominado a biblioteca do console de quinta geração da Nintendo.

Por ter sido lançado apenas em 2001, já no apagar das luzes do N64, o jogo não teve bom desempenho de vendas nem causou grande impacto entre o público, mas conquistou a crítica especializada com seu protagonista impagável e as situações divertidíssimas apresentadas ao longo da história. Hoje elevado ao status de cult, o esquilo Conker foi responsável por alguns dos momentos mais bizarros dos gráficos poligonais.

Confira a seguir um Top 5 com as passagens mais memoráveis deste clássico do N64: 

O Drácula personificado por Gary Oldman no filme dirigido por Francis Ford Coppola serviu de inspiração para a criação do Conde Batula. O vampiro transforma Conker em um morcego e o obriga a capturar aldeões inocentes para se alimentar. O sangue dos pobres coitados é drenado e vai parar na boca faminta do lorde das trevas. Para voltar ao normal, o roedor se aproveitará da gula sem fim do malvadão.  

Cercado por diabinhos flamejantes, Conker precisa se embebedar para utilizar seu ataque mais legal: xixi!  Após vencer os monstrinhos de fogo, o esquilo canastrão tem pela frente um robô-forno gigante que exibe com orgulho os bagos de ferro. A máquina é derrotada após algumas sessões de tortura envolvendo o órgão sexual em questão. Sem dó, Conker desfere uma série de tijoladas na região íntima, até o robô entrar em curto-circuito e se autodestruir.  As bolas, no entanto, resistem à explosão e ainda serão úteis para sair dali. 

Não, isto não é chocolate! No aterro sanitário que ocupa boa parte do jogo, criaturas repugnantes e imundas infestam a paisagem. Quem manda nesta área é Great Mighty Poo, uma montanha de fezes metida a cantor de ópera. Para purificar o ambiente, Conker atira rolos de papel higiênico no monstro de excrementos. Cada vez que é atingindo, o inimigo revida com pelotas de merda em direção ao roedor. 

Conker precisa abrir mais um caminho e se utilizará de um touro mal encarado para seguir em sua jornada. A ideia é bizarrice pura: o esquilo alimenta as vacas espalhadas pelo local e uma caganeira incontrolável fará as mimosas procurarem uma vala para soltar o barroso. O touro nervoso precisa aproveitar a distração das vacas neste momento de alívio para simplesmente despedaçá-las pelos ares.  

Perdido em um mundo pré-histórico habitado por criaturas vestidas com peles de animais, Conker acaba em uma boate localizada dentro de uma caverna. A discoteca é frequentada por imensas pedras ambulantes, que dançam embaladas pela música eletrônica. A missão do esquilo nesta balada alternativa é, claro, encher a cara! Quando já estiver muito bêbado, ele precisará urinar em algumas pedras adormecidas para libertar sua namorada, a sensual Berri. 


quarta-feira, 1 de maio de 2013

Armas e gadgets – Ratchet & Clank

Um dos títulos de plataforma de maior sucesso do PS2, Ratchet & Clank (2002) é um apanhado de tudo o que a indústria dos jogos eletrônicos havia lançado anteriormente. A jogabilidade de Super Mario 64, o visual de Crash Bandicoot e o arsenal de Jet Force Gemini marcam presença, mas a abundância de influências não impede que a primeira aventura estrelada pelo alienígena Ratchet e o robozinho Clank seja repleta de frescor e energia.

A saga do mecânico da raça Lombax para salvar Veldin – planeta em que vive – e toda a galáxia de uma ameaça de destruição iminente também foi exitosa ao apresentar inúmeros coadjuvantes cheios de carisma, como o insano “super-herói” Captain Qwark e o destrambelhado skatista Skidd McMarxx. A fórmula deu tão certo que a Sony já anunciou a estreia dos personagens no cinema, em longa-metragem que deve ser lançado em 2015.

Enquanto isso, confira um Top 5 com as armas e gadgets mais legais do primeiro jogo da franquia:

Todos os planetas criados para o jogo parecem saídos de clássicos da ficção científica, como Star Wars e Star Trek, e escondem muitos segredos. Para explorar algumas áreas menos visíveis, Ratchet conta com a ajuda das magneboots, que lhe permitem acessar superfícies magnetizadas e realizar proezas como se mover de ponta-cabeça. O friozinho na barriga provocado pela instabilidade latente é um dos pontos altos do game.

Os inimigos de Ratchet e Clank não poupam esforços para atrapalhar a dupla. Alguns já estão à espera dos heróis a quilômetros de distância, e o jeito mais eficaz de acabar com esses carrascos é utilizar o devastator, um lançador de mísseis que, como o próprio nome sugere, tem grande poder de alcance e destruição. A precisão impecável da mira também é fundamental para acabar com a farra dos robôs sem correr o risco de ser atingido pelo fogo cruzado.

O holo-guise é um dos acessórios mais populares da franquia. No episódio de estreia, este aparelho ajuda a dupla de aventureiros a se infiltrar em áreas de segurança máxima. Os protagonistas assumem a aparência de robôs e se passam por membros do time maligno. Com o recurso, Ratchet e Clank conseguem entrar amigavelmente em locais repletos de armadilhas para, logo em seguida, revelarem a verdadeira identidade. A situação desconcertante dos inimigos diante da traição é simplesmente impagável. 

O jeito mais eficaz de se livrar de inimigos localizados em áreas muito perigosas é aproveitar os serviços dos “agentes da destruição”. Estes robôs minúsculos são liberados pela glove of doom e não perdoam quem estiver pela frente – até os adversários mais perversos padecem diante desses auxiliares incansáveis.

Inimigos pequenos costumam aparecer aos montes e não dão trégua nenhuma. Por isso mesmo, uma solução instantânea e bem-humorada para acabar com esses incômodos ambulantes é a arma mais interessante de todo o jogo. O morph-o-ray foi projetado para desintegrar os alvos, mas alguma coisa não funcionou como previsto e o equipamento passou a transformá-los em galinhas! Além de ser uma “mão na roda”, o raio proporciona momentos de descontração em meio ao agito que toma conta das aventuras de Ratchet e do robozinho Clank.


sexta-feira, 26 de abril de 2013

Molezinha – Super Mario 64

Clássico absoluto dos anos 1990, Super Mario 64 fez a transição dos jogos do encanador bigodudo para o 3D e, graças à mente incansável de Shigeru Miyamoto, estabeleceu novas possibilidades para as aventuras do personagem. Com a complexidade presente em cada um dos 15 mundos criados para o jogo, Mario se tornou também um exímio explorador. A necessidade de investigar todos os cantos e passagens de cada fase fez deste game um presente e tanto para quem cresceu acompanhando o mascote nos títulos para Nintendinho e Super Nintendo.
 

Super Mario 64 também ficou marcado por algumas missões especialmente difíceis, principalmente aquelas que envolviam plataformas suspensas e abismos infinitos. Para coletar as 120 estrelas espalhadas pelo game, o jogador precisava se empenhar e, não raramente, repetir inúmeras vezes a mesma fase. Mundos como “Shifting Sand Land” (o do deserto), “Tick Tock Clock” (o do relógio) e “Rainbow Ride” (o do arco-íris) ficaram eternizados na memória de quem varava madrugadas em busca de muita aventura.

Mas, para alívio de todo mundo, Super Mario 64 também possui algumas missões bastante simples – fundamentais para permitir algum momento de tranquilidade antes da próxima sessão de sufoco extremo. Confira a seguir o Top 5 das estrelas mais fáceis de conquistar em todo o jogo:

Ainda no início, a missão “Shoot To The Island In The Sky” serve para apresentar ao jogador a habilidade de utilizar canhões para se deslocar dentro de uma fase. Para conseguir essa estrela, basta entrar no canhão que está próximo ao topo da montanha e mirar na árvore da ilha flutuante. Em comparação a outras passagens semelhantes, essa aqui é apenas um treinamento leve.

Há um imenso monstro aquático em uma das áreas de “Haze Maze Cave”, mas a presença da besta não é sinal de que uma batalha está prestes a acontecer. Mario pode subir na fera amigável e, após um ground pound, conseguirá controlar o animal até atingir uma ilha no meio do lago. Depois, é só aumentar a coleção de estrelas e comemorar.

“Dire, Dire Docks” possui algumas missões desafiadoras, mas este não é o caso de “Board Bowser’s Sub”. Para chegar até esta estrela, Mario precisa apenas nadar até a segunda área da fase, onde encontrará o submarino do arquirrival Bowser. Mas ainda não é hora de enfrentar o réptil maquiavélico. O prêmio dourado está aguardando o encanador no topo do submarino, e não será necessário um grande esforço para chegar lá.

Algumas missões que envolvem escorregadores rendem horas de tentativas fracassadas ao longo do jogo. Mas a primeira estrela de “The Princess Secret Slide” não exige mais do que alguma habilidade básica no comando analógico do controle. Mario pode cruzar a linha de chegada sem se preocupar com armadilhas ou inimigos. A alegria, no entanto, dura pouco. A fase guarda uma estrela bem mais complicada: é preciso completar o mesmo percurso em menos de 21 segundos.

“Tick Tock Clock” já foi descrito aqui como um dos mundos mais complexos e difíceis do jogo. E coletar as oito moedas vermelhas seria tarefa bastante árdua se Mario não pudesse controlar a velocidade do tempo no local. Quando o encanador entra na fase com o ponteiro do relógio apontado para o 12, as engrenagens ficam desligadas e facilitam o trabalho de trocar as moedas vermelhinhas por mais uma estrela dourada.


Fora de competição: Existem algumas estrelas que são simplesmente presenteadas ao jogador. No porão do castelo, antes de “Haze Maze Cave”, o simpático Toad lhe dá uma estrela apenas por conversar com ele, e repete isso em outras duas ocasiões: no segundo andar, próximo às escadas para o piso superior, e ao lado do relógio, na torre mais alta do castelo. Em compensação, as duas estrelas obtidas ao capturar o coelho fanfarrão que se esconde no subsolo podem render alguns momentos de perturbação. 

terça-feira, 23 de abril de 2013

Figuraça – Globox

O universo criado pela Ubisoft para Rayman é um dos mais excêntricos e cativantes dos games surgidos nos anos 1990. A produtora francesa não economizou na criatividade para dar vida ao mundo habitado pelo herói desmembrado e seus amigos esquisitos. O clássico Rayman 2: The Great Escape (1999) apresentou o mais carismático deles: Globox. Com aparência que lembra um sapo gigante, este simpático e medroso monstrengo azul ajuda o herói a fugir da prisão logo no início do jogo, lançado para Nintendo 64 e depois para consoles como Dreamcast, PlayStation e PlayStation 2.

Globox concede a Rayman o lume de prata, que recupera alguns dos poderes do personagem sem braços e pernas, e se torna peça fundamental na luta contra os piratas mecânicos que dominaram o lugar. Apesar de ajudar, o sapo azul também é responsável por muitas confusões, já que vive caindo nas garras inimigas e precisa contar com um empurrãozinho de Rayman para se safar de situações perigosas. Além disso, a esposa Uglette e os incontáveis filhos – são mais de 600 crianças, segundo estimativas – também não economizam trabalho ao jogador.

A habilidade mais estranha de Globox é, também, sua marca registrada. O sapo falante pode fazer uma dança da chuva capaz de criar plataformas suspensas e destruir interruptores – com direito a uma coreografia impagável. Os poderes compensam o jeitão covarde do personagem, que se esconde atrás de Rayman assim que percebe a presença de um inimigo. Outra fraqueza é a alergia a suco de ameixa, que provoca alterações bruscas de comportamento. Globox também aparece em jogos como Rayman 3: Hoodlum Havoc (2003), para GameCube, PS2 e Xbox, e Rayman Origins, para Wii, PS3 e Xbox 360.



segunda-feira, 22 de abril de 2013

Hardcore – Donkey Kong 64

Apesar do nível de dificuldade exagerado, cumprir os 101% em Donkey Kong 64 é uma tarefa recompensadora. O jogador precisa se dedicar muito para conseguir vencer alguns dos desafios mais complicados bolados pela equipe da Rare no jogo lançado para Nintendo 64 em 1999. 

Com um enredo imenso e cativante, esse jogo explora ao máximo as capacidades do console da Big N para a quinta geração. Infelizmente, após a venda da Rare para a Microsoft, a aventura estrelada pelo gorila mais famoso dos games está no mesmo limbo da trilogia clássica para Super Nintendo, e não há qualquer previsão de lançamento para Virtual Console. 


Confira a seguir um Top 5 com os momentos mais desafiadores deste clássico do Nintendo 64:

No mundo aquático ”Gloomy Galleon”, o simpático chimpanzé Diddy precisa localizar um peixe-mecânico e adentrar sua boca, antes que a excêntrica figura desapareça. Lá dentro, o macaquinho deve destruir uma hélice maluca enquanto se desvia daquelas malditas abelhas inconvenientes.

O chefão que a platinada Tiny Kong enfrenta em “Frantic Factory” é especialmente difícil. Numa plataforma gigantesca que simula um tabuleiro de xadrez, a macaquinha loira precisa se desviar de um palhaço maquiavélico e ainda abusar da habilidade no helicóptero de cabelo.

As corridas disputadas pelo destrambelhado Lanky são as mais difíceis de todo o jogo. Primeiro, o orangotango precisa vencer um coelho fanfarrão, que faz graça e debocha do concorrente durante a prova. Mais tarde, é hora de enfrentar um besouro apressado em uma pista que mistura gelo, lava e precipícios infinitos. Tudo isso fica ainda mais complicado porque este símio corre plantando bananeira!

A rodada dupla do bônus “Beaver Bother” no mundo “Creepy Castle” deixa qualquer um com vontade de arremessar para longe o controle do N64. O jogador comanda um pequeno jacaré que precisa empurrar um bando de castores aloprados para dentro de um buraco
e dá-lhe paciência!

Jogar Donkey Kong pela segunda vez, para coletar a Nintendo Coin, é uma tarefa nostálgica, mas a dificuldade já característica do clássico lançado para árcades em 1981 foi elevada ao extremo aqui. O simpático Jumpman (que depois viria a se tornar o Mario) precisa se desviar de barris e chamas flamejantes, numa aventura que depende de muita sorte e perseverança.